São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Suspeito de ter Ébola mora em SP
DA REPORTAGEM LOCAL O cinegrafista Ademar Dourado Batista, 33, que está de quarentena desde segunda-feira passada por ter chegado do Zaire, onde há uma epidemia causada pelo vírus Ébola, sai de sua casa em São Paulo diariamente para informar seu estado de saúde às autoridades.Batista responde a um questionário por telefone. O cinegrafista informa, por exemplo, se come bem, teve febre ou diarréia, sinais indicativos da infecção do Ébola. Além disso, médicos fazem visitas de surpresa em sua casa para examiná-lo. "Eu não tenho nada. Estou confiante, disse à Folha. O cinegrafista do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) esteve em Kikwit, principal foco da epidemia, de onde saiu na quinta-feira. Batista disse que, quando chegou a São Paulo, no domingo, foi examinado no próprio aeroporto. Além de responder algumas perguntas, foram feitos exames de vista e medida sua temperatura. Apesar de ter todos os seus utensílios separados dos dos demais membros da família, Batista afirma que isso é apenas uma precaução de praxe. "Eu sei que eu não tenho nada, mas não quero pegar a minha filha e beijá-la. A minha cabeça é que não está legal, afirma. Marcelo Felga, responsável por portos e aeroportos da Secretaria de Vigilância Sanitária, em Brasília, confirma que Batista e mais duas jornalistas que o acompanhavam não apresentaram sintomas da infecção. O Ébola, que causou 153 mortes no Zaire, é transmitido por fluidos do corpo humano. A transmissão por ar, menos provável, também é possível. Texto Anterior: TCU investiga pagamentos da Aeronáutica Próximo Texto: Equipe acha ovo com embrião de dinossauro; Mudança de clima pode ter enfraquecido maias Índice |
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