São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Contratos terão reajustes anuais, diz Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem que o reajuste dos contratos continuará respeitando a periodicidade mínima de um ano, mesmo a partir do processo de desindexação da economia (fim da correção automática pela inflação).
A afirmação foi feita em café da manhã com parlamentares do PPR.
Malan afirmou que a TR não será extinta até o final do ano e que a caderneta de poupança não será prejudicada dentro das mudanças a no sistema financeiro.
A prioridade do governo, conforme Malan, é criar novos estímulos à poupança. Ele não forneceu detalhes sobre os estudos e nem explicou se a TR continuará corrigindo a poupança.
``Ainda não temos nada de definitivo. Mas posso garantir que, no futuro, o governo continuará comprometido com a poupança e que jamais tomará medidas que possam prejudicá-la", disse.
Sobre a nova política salarial -que deve ser adotada em julho-, Malan disse que a tendência do governo é a livre negociação entre patrões e trabalhadores.
Ele disse que o governo quer ``menos ingerência, menos interferência e menos paternalismo do governo nas relações entre empregados e empregadores".
Neste caso, a equipe econômica está avaliando a velocidade da mudança no mecanismo para o reajuste dos salários através da livre negociação, segundo o ministro.
Os últimos estudos do governo apontam para uma mistura entre reajuste automático da inflação até junho e a livre negociação. A inflação registrada entre julho e dezembro deste ano teria que ser negociada com as empresas.
Malan reafirmou ontem que o saldo da balança comercial em 1995 será positivo. ``Vamos virar o jogo e teremos superávit (exportações maiores que importações) em 1995", disse ele.

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