São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Promotor é acusado de denegrir imagem da PM
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
A denúncia ocorre quando o Ministério Público considera ter provas suficientes contra alguém para oferecê-las à Justiça, pleiteando condenação. O autor da denúncia contra o promotor é José Emmanuel Burle Filho, procurador-geral de Justiça de São Paulo. Burle Filho é chefe do Ministério Público paulista, ao qual todos os promotores estão subordinados. Hoje às 11h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (centro), entidades de direitos humanos promovem protesto contra a denúncia. O ato é coordenado pela Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos. As investigações que Lima começou a fazer contra o comando da PM -a pedido do próprio Burle Filho- geraram a denúncia. Em ofício remetido a Burle Filho, o deputado federal Hélio Bicudo pediu abertura de investigações contra a PM. Bicudo revelava a existência de um suposto plano para matá-lo, batizado de ``Alpha". O objetivo do plano seria o assassinato de Hélio Bicudo por um menor, segundo texto de documento anexado ao inquérito. O documento com detalhes do plano traz o carimbo do Serviço de Inteligência da Polícia Militar. Bicudo é autor de projeto pelo qual os policiais militares que cometem crimes contra civis devem ser julgados pela Justiça comum. Os PMs são julgados, em São Paulo, pelo Tribunal de Justiça Militar. A PM, contrária ao projeto de Hélio Bicudo, nega a existência de um plano para matá-lo. ``Esse documento com detalhes do plano é forjado, é uma campanha para nos atacar. Respeitamos muito o deputado Hélio Bicudo, apesar de nossas diferenças ideológicas", disse à Folha o coronel Roberto Lemes da Silva, do comando da PM. Texto Anterior: Leitor reclama de demora da Sabesp para fazer religação Próximo Texto: Ministro quer diferenciar pena para drogado Índice |
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