São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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1.200 vão a posto no Dia Sem Fumo

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 1.200 pessoas passaram ontem pelo posto de atendimento montado pela Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) no Conjunto Nacional (zona oeste de SP) para o Dia Internacional Sem Fumo.
Psicólogos, dentistas e cardiologistas passaram o dia dando explicações sobre o tabagismo, os danos à saúde e orientando quem quisesse parar de fumar.
``Largar é tão fácil, que a gente larga até 50 vezes" disse a advogada Maria Lúcia Orkob, 48. ``Difícil é continuar sem fumar."
A advogada fuma desde os 14 anos. ``Cheguei a ir a uma reunião dos Fumantes Anônimos, mas fiquei tão impressionada que tive pesadelos e desisti."
Maria Lúcia e a autônoma Betina Klein, 26, se cruzaram em um dos estandes e começaram a discutir sobre tabagismo.
``Fumo um terço do cigarro, só pode ser uma patologia, porque detesto fumaça e cheiro de cinzeiro", disse Maria Lúcia.
Betina, fumante há oito anos, contou que só consegue ficar sem cigarro em dia de feriado judaico, quando tem que jejuar. ``Está pintando uma vontade de parar de fumar, talvez porque eu queira engravidar", disse.
As duas não chegaram a fazer o teste no computador oferecido nos estandes, que media a dependência psicológica do fumante por meio do cruzamento de respostas a várias perguntas.
A operadora de telemarketing Marcia Martins, 32, aproveitou a oportunidade para buscar orientação. ``Parei de fumar há dez dias pela enésima vez", disse.

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