São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Cresce o consumo de produtos alimentícios

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Houve crescimento expressivo de consumo de itens alimentícios e de higiene no acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, segundo aponta levantamento da Nielsen.
As vendas de carnes industrializadas lideram com desempenho 45% superior ao mesmo período do ano passado.
A proporção é ainda maior, de 48%, na comparação de vendas de março e abril passado com as do bimestre anterior.
Produtos como biscoitos, xampus e desodorantes deram saltos acima de 30% na comercialização.
O levantamento da Nielsen flagrou leve tendência de queda em relação ao consumo de alguns itens em fevereiro e março, em relação ao bimestre anterior. As vendas de maionese decresceram 7% e as de margarina, 4%. As de bebidas achocolatadas se mantiveram estáveis.
``Operamos com capacidade plena também em maio", afirma Álvaro Novaes, diretor de marketing da Parmalat, que produz leite, biscoitos, iogurtes, sucos e molhos de tomate.
``Não observamos os sinais de desaquecimento detectados no setor de bens duráveis", acrescenta. ``Ao contrário, com a entrada em vigor do novo mínimo a expectativa é que em junho as vendas de alimentos básicos sejam aceleradas".
Outro indicador que comprova o deslanche das vendas no período de janeiro a abril é a queda de 19% registrada no ranking de lançamentos de novos produtos, em comparação a igual período do ano passado.
As estratégias de inovação -para atrair os consumidores com novidades- costumam proliferar em períodos recessivos.
``Deve estar faltando capacidade instalada para essa produção", diz Eduardo Schubert, diretor da consultoria Indicator, que coordena a pesquisa.
Com ele concorda Luiz Amarante, gerente de marketing da Santista Alimentos. ``Quando há aquecimento de demanda o espaço se reduz para novos projetos".
A Parmalat mandou para as prateleiras 22 novos produtos no primeiro quadrimestre do ano.
Os 108 lançamentos registrados em abril foram liderados por pratos prontos e congelados (12). A principal responsável pelo desempenho foi a Anglo Alimentos, que reformulou a embalagem de sua linha de conservas. A segunda categoria em número de registros foi a de xampus.
A Parmalat mandou 22 novos produtos para as prateleiras. ``O número foi superior ao do primeiro quadrimestre do ano passado".
Concorrente da Parmalat, a Refinações de Milho Brasil investiu US$ 3 milhões no lançamento da Maizena Nutre, um pó para preparo de mingau. Esse mercado movimenta 71 mil t anuais.

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