São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Estoque de veículos chega a 120 mil
ARTHUR PEREIRA FILHO
``Isso nunca aconteceu antes. Representa mais do que o dobro do estoque normal", afirma Humberto Pereira Carneiro, presidente da Abracaf (associação dos concessionários Fiat). Ele define a situação como ``insuportável". Os estoques cresceram e as vendas caíram. Os revendedores calculam queda de 15% em maio em relação a abril. ``Tudo mudou nos últimos 30 dias", afirma Paulo Simões, novo presidente da Assobrav (associação dos revendedores da Volks). ``O governo tirou o dinheiro da economia, mas exagerou na dose". Para tentar encontrar uma saída para a crise, representantes das associações de concessionários da Volkswagen, Fiat, GM e Fiat fazem hoje uma reunião extraordinária em São Paulo, na sede da Fenabrave, a entidade que representa os distribuidores de veículos. Os revendedores devem pedir às montadoras mais prazo para o pagamento dos carros, com taxas de juros menores. Para o governo, liberação dos financiamentos. ``O que está em jogo é a sobrevivência do nosso negócio", diz Carneiro. Ele conta que algumas revendas, em dificuldades, começam a deixar de recolher impostos. ``Fica mais barato pagar a multa do que pedir dinheiro emprestado no banco para quitar o imposto", explica. Os estoques de carros importados são os que mais preocupam os concessionários. Eles calculam que existam 20 mil unidades nas lojas e mais 40 mil nos portos, para serem liberados pelas fábricas. ``Somente a Volkswagen mantém em Vitória um estoque de 20 mil Golf", conta Simões. Texto Anterior: Bolsa paulista fecha em alta de 0,37% Próximo Texto: Cresce o consumo de produtos alimentícios Índice |
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