São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Corinthians faz a final da Copa Gaúcha

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o Corinthians terá que decidir lá em Porto Alegre a Copa do Brasil, que mais poderia ser chamada de Copa Gaúcha.
Pela guerra que foi ontem contra o Flamengo, imagine o que será a decisão final do torneio que é o atalho para a Libertadores da Soy Loco Por Ti, América.

A coisa não anda nada boa para o lado da Petrobrás. Além da greve que afronta os poderes constituídos, a estatal patrocina o Flamengo...
Aliás, um patrocínio que continuo achando bastante questionável.

No zap-bol de ontem, o troca-troca de canais para ver os dois jogos da semifinal da Copa Brasil ao mesmo tempo logo perdeu sentido.
O Corinthians poderia empatar em casa e tinha pela frente um fantasma de time de futebol. Resolveu logo a parada.

Eduardo Amorim na noite passada teve o seu mérito: retomou o espírito de ousadia, abandonou a retórica dos volantes. Resultado: pagou a fatura adiantado.

O Viola estava novamente em noite enluarada. Entrou de sapatilha dourada, assim como o Simone, do Milan, entrou de chuteira branca na decisão da Copa dos Campeões.
O Viola em paz com as redes, eis algo a se saudar no futebol local.

O Flamengo de Wanderley Luxemburgo, apenas com o Sávio da sua constelação de astros de primeira grandeza, fez um primeiro tempo correto taticamente.
Mas a valentia dos pampas é impressionante: uma fúria que se abate sobre o adversário, soprada por uma energia cega que vem dos pampas.
Um único descuido na defesa do Flamenga e eis o touchê sulista. O Flamengo se acostumou à arte elegante e refinada dos seus requintados toureiros da bola. É um time que entrará para o museu do Prado.
O Grêmio tinha a força dos rebanhos soltos, dos touros indomáveis, dos miúras valentes. Ontem era a vez do touro.

O Franz Beckenbauer, o líbero de todos os tempos, concorda com este locutor que vos escreve.
Engraçado... além de bom jogador, sempre achei inteligente este rapaz, o Franz (tem leitor que implica com o meu ``o", mas como esta coluna pretende ``falar a fala" do futebol...).
Disse anteontem que há uma renovação do futebol europeu. No mesmo dia, o Kaiser dava uma entrevista na qual declara: ``Começou uma nova etapa (no futebol europeu) e o seu futuro se anuncia como esplêndido".
Sorry, magnéticas de todas as cores.

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