São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Argentina tenta evitar demissões em massa Suspensões temporárias são alternativa SÔNIA MOSSRI
Levantamento preliminar realizado pela UIA (União da Indústria Argentina) revela que as demissões e as suspensões aumentaram 100% nos primeiros cinco meses de 95, em relação ao mesmo período de 94. Isso resulta da queda da atividade econômica, caracterizada por redução do consumo interno, diminuição da produção, aumento do desemprego e crescimento das falências, processo conhecido como recessão. O presidente Carlos Menem realizou ontem reunião ministerial para definir um ``plano social" de emergência para atender a população de baixa renda e os mais de 3,5 milhões de desempregados do país. O secretário de Desenvolvimento Social, Luis Prol, anunciou que o programa terá recursos superiores a US$ 3 bilhões, mas não explicou qual será a ação do governo. A suspensão temporária de trabalhadores é uma forma de reduzir os custos das empresas, que, em sua maioria, acumulam grandes estoques em função da queda das vendas. O secretário também não disse como o governo conseguirá os US$ 3 bilhões. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, tem dificuldades para fechar 95 com equilíbrio nas contas públicas e a arrecadação de impostos cai mensalmente. A crise financeira nas Províncias argentinas também está se agravando. Mais da metade das 23 Províncias já comunicou ao governo Menem que não tem recursos para pagar os salários de maio e junho. Texto Anterior: Novo presidente quer priorizar 3º Mundo Próximo Texto: Custo do crédito cai 1,45% ao ano Índice |
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