São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Novo presidente quer priorizar 3º Mundo
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
``Não vou fazer visitas de Estado. Vou falar com os governantes dos países. Mas também vou conhecer projetos financiados pelo banco e as pessoas que os executam, andar pelas ruas, beber cerveja", disse. O Brasil está programado para julho no roteiro de Wolfensohn. Na América Latina, irá também para a Argentina, Colômbia, Haiti, Jamaica e México. No México, Wolfensohn quer incluir a região de Chiapas, onde movimentos de guerrilhas têm provocado convulsão nacional. ``A estabilidade social é crítica para a estabilidade econômica", afirmou. Wolfensohn, 61, é o nono presidente do Banco Mundial, entidade que está completando 50 anos. Na primeira coletiva no novo cargo, Wolfensohn disse que a redução da pobreza será prioridade em seus cinco anos de mandato. ``Não sou mágico e gostaria de ser para poder resolver o problema da injustiça social no mundo. Mas eu tenho um firme compromisso de me empenhar para melhorar a vida das pessoas que têm menos do que é justo", afirmou. Wolfensohn foi escolhido para o cargo pelo presidente dos EUA, Bill Clinton. Seu predecessor, Lewis Preston, morreu de câncer no mês passado. Considerado um bom violoncelista, Wolfensohn presidiu por 20 anos o Carnegie Hall, em Nova York (EUA). Em 1990, assumiu a presidência do Kennedy Center, cargo ao qual renunciou ontem. Australiano naturalizado norte-americano, Wolfensohn também é esportista: participou da equipe de esgrima da Austrália nas Olimpíadas de 1956. Sua mulher, Elaine, pedagoga formada pela Universidade de Columbia (EUA), vai acompanhá-lo nas viagens e, segundo ele, o ajudará a dar prioridade ao financiamento de projetos educacionais. Texto Anterior: Contas serão unificadas a partir de 96 Próximo Texto: Argentina tenta evitar demissões em massa Índice |
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