São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Novo presidente quer priorizar 3º Mundo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O banqueiro e músico amador James Wolfensohn assumiu ontem em Washington (EUA) a presidência do Banco Mundial e anunciou que vai passar os primeiros seis meses de seu mandato em viagens pelo Terceiro Mundo.
``Não vou fazer visitas de Estado. Vou falar com os governantes dos países. Mas também vou conhecer projetos financiados pelo banco e as pessoas que os executam, andar pelas ruas, beber cerveja", disse.
O Brasil está programado para julho no roteiro de Wolfensohn. Na América Latina, irá também para a Argentina, Colômbia, Haiti, Jamaica e México.
No México, Wolfensohn quer incluir a região de Chiapas, onde movimentos de guerrilhas têm provocado convulsão nacional. ``A estabilidade social é crítica para a estabilidade econômica", afirmou.
Wolfensohn, 61, é o nono presidente do Banco Mundial, entidade que está completando 50 anos.
Na primeira coletiva no novo cargo, Wolfensohn disse que a redução da pobreza será prioridade em seus cinco anos de mandato.
``Não sou mágico e gostaria de ser para poder resolver o problema da injustiça social no mundo. Mas eu tenho um firme compromisso de me empenhar para melhorar a vida das pessoas que têm menos do que é justo", afirmou.
Wolfensohn foi escolhido para o cargo pelo presidente dos EUA, Bill Clinton. Seu predecessor, Lewis Preston, morreu de câncer no mês passado.
Considerado um bom violoncelista, Wolfensohn presidiu por 20 anos o Carnegie Hall, em Nova York (EUA). Em 1990, assumiu a presidência do Kennedy Center, cargo ao qual renunciou ontem.
Australiano naturalizado norte-americano, Wolfensohn também é esportista: participou da equipe de esgrima da Austrália nas Olimpíadas de 1956.
Sua mulher, Elaine, pedagoga formada pela Universidade de Columbia (EUA), vai acompanhá-lo nas viagens e, segundo ele, o ajudará a dar prioridade ao financiamento de projetos educacionais.

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