São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Europa pensa em criar nova força
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Os ministros da Defesa da União Européia e a Otan se reúnem amanhã para discutir uma nova forma de atuação das forças de paz da ONU na Bósnia.As principais propostas são a francesa e a britânica. Esses dois países consideram que a ONU deve agir de forma mais incisiva. Nesta semana, o Reino Unido enviou mais soldados à região. A França também tem interesse em resolver logo a situação da Bósnia, uma vez que a maioria dos militares tomados como reféns pelos sérvios são franceses. Os dois países querem a adoção de uma das propostas enviadas ao Conselho de Segurança da ONU pelo secretário-geral da entidade, Boutros Boutros-Ghali, segundo a qual as forças de paz seriam gradualmente substituídas por tropas multinacionais, sob o comando dos países envolvidos. Este reforço incluiria a criação de uma ``força de reação rápida" de 4.000 homens para agir em caso de ataque dos sérvios. A mobilização de soldados americanos, estacionados no mar Adriático, junto ao litoral bósnio, tornam mais provável esta opção. Os EUA dizem, entretanto, que não querem aderir a uma força multinacional, mas preferem deixar seus soldados sob comando das Nações Unidas. A Alemanha anunciou ontem que pode enviar à Bósnia 2.000 soldados. Em julho do ano passado, o Tribunal Constitucional decidiu que os alemães podem participar de missões da ONU. A Constituição alemã de 1949 dificulta qualquer ação bélica. A França e o Reino Unido prevêem que a Rússia será a maior opositora da criação da nova força, quando discutida no Conselho de Segurança das Nações Unidas, composto por 15 membros. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Kozirev, disse ontem que ``Moscou se inquieta quando se discute o possível envio de forças à Bósnia fora do âmbito das operações das Nações Unidas". Kozirev disse também que apóia a entrada dos EUA nas forças de paz da ONU. Ele elogiou o plano apresentado por Boutros-Ghali, com quatro propostas, que chamou de ``realista". Texto Anterior: Feridos em Tuzla serão levados à Holanda Próximo Texto: Oposição dos EUA quer consulta Índice |
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