São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Trabalhadores vão à Polícia em Cubatão

MARCUS FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Os últimos dias da greve dos petroleiros em Cubatão (SP) mostrou divisões entre a categoria.
Na sexta-feira, cinco funcionários da refinaria foram à polícia denunciar que teriam sido impedidos, por membros do Sindipetro, de retornar ao trabalho.
Margarete Gilda da Silva Gonçalves, Dalaney Feijó Nunes, Magali Edna de Souza, Regina Célia Neves Rodrigues e Albino Pereira Júnior registraram boletim de ocorrência (número 1288/9) no 1º distrito de Cubatão.
A direção do Sindipetro negou que tivesse impedido o retorno ao trabalho de qualquer funcionário.
Os petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), iriam fazer assembléia ontem às 12h. A tendência era encerrar a greve.
O presidente do Sindipetro, Averaldo Menezes, tentou durante toda a tarde de sexta, sem sucesso, uma garantia do superintendente da refinaria, Eduardo Teixeira, para que as 14 demissões em Cubatão fossem canceladas.
Teixeira disse não ter autorização da Petrobrás para negociar as demissões. À noite ele se comprometeu a defender, junto à direção da Petrobrás, uma revisão nas demissões.
Os problemas para um acordo entre os integrantes do comando de greve começaram na manhã de sexta-feira.
A greve de Cubatão poderia ter terminado às 11h de anteontem. Os 600 grevistas que ocupam a refinaria desde o último dia 10, realizaram uma assembléia no refeitório da empresa.
A Agência Folha apurou que a proposta defendida pelo presidente do Sindipetro era de terminar a greve.
A assembléia decidiu, porem, continuar com o movimento. E até ontem só Cubatão estava em greve.

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