São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Inquéritos da PF não serão arquivados

ABNOR GONDIM
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO (RO)

O ministro Nelson Jobim (Justiça) disse ontem que os inquéritos abertos pela PF (polícia Federal) contra os grevistas da Petrobrás não serão arquivados em razão do fim da greve.
Segundo Jobim, os sindicalistas deverão ser processados por suspensão de atividade essencial e invasão de estabelecimento industrial, com base nos artigos 201 e 202 do Código Penal.
Os inquéritos foram abertos pela PF a pedido do Ministério Público Federal.
``A PF tem a obrigação de apurar e o Ministério Público de oferecer denúncia à Justiça. Não nos cabe arquivar os inquéritos e ir contra a lei só porque a greve acabou", disse Jobim na noite de anteontem, em Porto Velho.
Segundo o ministro, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi ``coerente em tudo" com relação à sua posição sobre a greve dos petroleiros.
``O governo não cedeu e nem negociou nada. Não cabe outra coisa agora senão denunciar os responsáveis pelos crimes cometidos durante a greve da Petrobrás. Somente o MP pode arquivar os inquéritos se achar que eles são fracos para oferecer denúncia", afirmou.
Jobim acha descabida a alegação dos petroleiros de que, em algumas refinarias, não houve invasão pelo fato deles estarem apenas fazendo serviços de manutenção para evitar a deterioração dos equipamentos.
Jobim veio a Rondônia para dar palestra sobre ``Demarcação de Terras Indígenas e Narcotráfico", no 2º Encontro da Bancada Parlamentar da Amazônia, que se realiza até hoje, em Porto Velho.

O repórter Abnor Gondim viajou a convite da Bancada Parlamentar da Amazônia.

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