São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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Sem meio-termo No governo Geisel, Mário Henrique Simonsen foi ministro da Fazenda, de 74 a 79, e, depois, do Planejamento, por cinco meses. Neste período, o ministro dividia seu tempo entre Brasília e o Rio. Em geral, desembarcava na capital federal às segundas-feiras pela manhã e voltava às sextas. O que mais intrigava Simonsen era o fato de que -não importava a hora de seu desembarque- sempre havia um oficial de gabinete na pista, em Brasília, para abrir a porta do avião da FAB. A presença constante do mesmo funcionário, com o passar do tempo, deixou de intrigar o ministro e passou a irritá-lo. A cada vez que punha o pé para fora da aeronave, já tinha a certeza de que ouviria a mesma pergunta: - Fez boa viagem, ministro? Os meses foram correndo e a cena se repetindo. Até que um dia Simonsen desembarcou de mau humor. O funcionário abriu a porta e repetiu: - Fez boa viagem, ministro? Desta vez, teve resposta: - Olhe aqui: em avião, ou a viagem é boa, ou é catástrofe. Texto Anterior: Batendo cabeça; Fazendo as contas; Sapo barbudo; Atenções; Paradigma quercista; De olho nas pesquisas; Complicou Próximo Texto: Falsidade ideológica Índice |
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