São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Orçamento de 95 reforça área social

DA REPORTAGEM LOCAL

Este ano, caso a execução orçamentária (dinheiro efetivamente gasto) coincida com o que está previsto no Orçamento, a Prefeitura de São Paulo voltará a gastar mais da metade de suas receitas (54,6%) em políticas sociais.
A participação das áreas sociais no total de gastos da prefeitura caiu no governo Paulo Maluf em relação à administração anterior.
Em 94, segundo ano da gestão Maluf, o Executivo gastou 39,7% de seus recursos nas áreas sociais.
No último ano do governo Erundina, 92, a prefeitura consumiu 56,8% do Orçamento em setores como saúde e educação, entre outros de caráter social.
Estes dados são da Secretaria Municipal das Finanças.
Todas as vezes que se manifesta sobre este assunto, o secretário municipal das Finanças, Celso Pitta, afirma que a atual administração consegue melhores resultados com menos investimentos do que a anterior.
Segundo ele, apesar da queda da participação percentual das áreas sociais no Orçamento, a prefeitura vem investindo mais -em termos reais- nestes setores, uma vez que a cidade arrecada hoje mais do que arrecadava há dois ou três anos.
Essa melhora na performance das receitas, segundo Pitta, tem mais relação com o esforço da gestão Maluf em aperfeiçoar o sistema de arrecadação do que com o endividamento.
Este ano, a prefeitura está recebendo os repasses do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para um programa de canalização de córregos.
Empréstimos de agências internacionais são vantajosos, porque os juros não são muito altos.
Os empréstimos obtidos no Brasil, em bancos públicos ou privados, também interessam. A pior opção entre as três formas de endividamento é a emissão de títulos públicos, que embutem juros altos.

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