São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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Edmundo não quer ser mito
MÁRIO MAGALHÃES
Ele pára, pensa e, muitas vezes, discorda do entrevistador, como a seguir. (MM) Folha - Que nota você se dá como jogador? Edmundo - Sou um bom, muito bom jogador. De zero a mil, dou dez. Folha - É verdade que você está disposto a sustentar, no zoológico do Rio, um leão encontrado em uma rua da cidade? Edmundo - Eu, não. Só quero se for para levá-lo para criar na minha casa. Folha - Você está tentando mudar a imagem de rebelde? Edmundo - Não penso nisso. Não quero ser lembrado no futuro como um mito. Não adianta ser Garrincha, lembrado como um eterno craque no Brasil, quando o país o deixou morrer na miséria. Folha - Você está pensando mais antes de responder as perguntas? Edmundo - Eu não sou vaselina, digo o que penso. Pode ser presidente da República ou o papa. Tem que me respeitar, assim como eu os respeito. Folha - Você é uma pessoa rebelde? Edmundo - Sou uma excelente pessoa. Só que, se alguém pisa no meu calo, eu piso também. Folha - Por que você não visitou, com outros jogadores, na quinta-feira, Rubens Barrichello no autódromo de Silverstone? Edmundo - Eu, não! O pessoal levou quase duas horas para ir, duas para voltar, e ficou lá pouco mais de cinco minutos. Eu fiquei dormindo. Meu lazer é outro. Texto Anterior: Zagallo testa Edmundo e Ronaldo Próximo Texto: É sempre o vencedor quem dita as regras Índice |
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