São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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Polícia vigia praça Tiananmen
JAIME SPITZCOVSKY
Às 15h (4h de Brasília), dez carros das forças de segurança estavam estacionadas na praça, trazendo agentes à paisana. O aparato montado busca impedir manifestações. O policiamento também foi reforçado na região das universidades, ao norte de Pequim e tradicional foco de atividades antigoverno. Na universidade de Pequim, só era permitida a entrada de estudantes e funcionários. Os agentes à paisana na Tiananmen não se preocupavam em ser discretos. Quando um grupo com mais de duas pessoas começava a conversar, um agente se aproximava e vigiava os movimentos. A reportagem da Folha, com uma fotógrafa, parou para conversar com dois turistas indianos. Os quatro foram filmados e fotografados. Um vendedor de papagaios para empinar reclamou quando a reportagem da Folha se aproximou dele durante a venda para um casal de turistas norte-americanos. ``Não aglomera que a polícia vem", resmungou ele. A mobilização da polícia se repete às vésperas do 4 de junho. Nas últimas três semanas, pelo menos 50 dissidentes foram presos ou interrogados. Diversos pontos de encontro de estudantes, como bares e restaurantes, receberam a ``recomendação" de fechar mais cedo neste fim-de-semana. Os restaurantes que ficaram abertos não aceitavam reservas para mesa com muitas pessoas. (JS) Texto Anterior: EM RESUMO Próximo Texto: Gorbatchov assistiu à manifestação Índice |
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