São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995
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Marcas brasileiras cruzam o mundo

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de fincar sua bandeira na Venezuela e Argentina, graças a investimentos que somam aproximadamente US$ 150 milhões, a cervejaria Brahma se prepara para operar na Colômbia, a partir de 1996, e cumprir mais uma etapa da meta anunciada ano passado: espalhar a marca Brahma Chopp pelo mercado latino-americano.
Líder nacional do setor de carnes industrializadas, a Sadia cruzou as fronteiras do Oriente Médio há 15 anos e já colhe frutos.
Pesquisas encomendadas pela empresa revelam que a marca é reconhecida por 94% dos consumidores sauditas e 63% dos radicados nos emirados árabes.
No Kuwait, por exemplo, obteve taxa de memorização (95%) superior à dos dois principais concorrentes: Americana (77%) e o francês Doux. Sete entre dez consumidores entrevistados em supermercados do Bahrein disseram, em setembro de 1994, terem comprado um produto da Sadia nos seis meses anteriores.
A Eletromecânica Dyna, com sede em Guarulhos, na Grande São Paulo, faturou US$ 9 milhões no ano passado fornecendo palhetas de pára-brisa para 60 países.
Marc Nacamuli, presidente da Dyna, afirma que há 12 anos, quando iniciou os embarques, as peças eram comercializadas com batismo de clientes internacionais. ``Hoje mais de 60% das 4,5 milhões de unidades anuais levam nossa logomarca" afirma.
A pequena Dyna segue os passos da Cofap, gigante do setor de autopeças, que em 1994 exportou US$ 178 milhões em componentes de motor, amortecedores e fundidos para 93 países.
A Cofap instalou escritórios nos EUA, Alemanha e Argentina que administram a comercialização no mercado de reposição e a veiculação de campanhas com os produtos da marca.
Anúncios, outdoors, catálogo, brindes promocionais e estandes em feiras são utilizados na divulgação acompanhada do slogan ``É Cofap. É de confiança".
Mesmo sem vender ao consumidor final, a carioca Braspérola, que afirma ser a maior produtora mundial de puro linho, há dez anos exporta seus tecidos com a logomarca.
``A etiqueta é exibida nas vitrines de Buenos Aires e Montevidéu", diz o diretor comercial Yvah Pacheco Reis, que prevê este ano vendas de US$ 175 milhões.
``As empresas estão descobrindo que marcas são ativos tão valiosos que não têm preço", afirma Marcel Telles, presidente da Brahma. ``O mercado está cada vez mais globalizado e é necessário manter forte posição regional para rebater ataques externos".

LEIA MAIS
sobre marcas no exterior na pág. 2-3

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