São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Importadores apóiam o sistema de cotas
DA REPORTAGEM LOCAL O presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), Emílio Julianelli afirmou que o setor não é contra a fixação de cotas para importação de veículos. ``Acho que esse é um dos caminhos para regularizar o mercado."Julianelli, que esteve reunido ontem com o secretário de Acompanhamento de Preços, José Milton Dallari, disse que o setor reivindica apenas que seja ouvido e participe das discussões junto ao governo quando for resolver essa questão. ``É necessário que o governo estabeleça a capacidade de importação para que o mercado tenha uma posição definida", disse ele. Ineficiência O sistema de cotas é ineficiente para controlar as importações. A afirmação é do economista Carlos Geraldo Langoni, ex-presidente do Banco Central. Para controlar a balança comercial, o governo deveria dar preferência, na opinião de Langoni, à elevação das tarifas e à adoção de um ``câmbio realista". Langoni considera ``interessante" a proposta de condicionar o volume de importações ao total de exportações feitas pelas montadoras. Para ele, o mecanismo serviria como ``estímulo as exportações". O professor Eduardo Giannetti da Fonseca, da Faculdade de Economia da USP, também é contra a adoção de cotas. ``É um sistema que dá margem ao aparecimento do tráfico de influência e de corrupção". Segundo ele, é muito melhor controlar as importações com os mecanismos de tributação do que com adoção de cotas. Para o economista Roberto Padovani, da MCM Consultores, o estabelecimento de cotas de importação ``não é a melhor solução, mas é o instrumento que sobrou para o governo". Texto Anterior: Governo negocia acordo com Argentina Próximo Texto: Brasil recorre à OMC contra veto às importações de gasolina Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |