São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Seleção vive uma 'crise' de transição desde 1994

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O time brasileiro vive uma ``crise" de transição que começou no ano passado.
Depois de surpreender os adversários na Olimpíada de Barcelona-92, ao ganhar a medalha de ouro, o time referendou seu talento ao ganhar a Liga Mundial-93.
Favorito ao título da Liga em 94, o time acabou em terceiro lugar. Tentou voltar ao topo na Grécia, durante o Mundial.
O esforço foi em vão. O excesso de individualismo fez com que o técnico José Roberto Guimarães expusesse em público os confrontos internos da equipe, que acabou em quinto lugar no Mundial.
No início da atual temporada, a seleção se apresentou sem o capitão Carlão, que se recupera de uma contusão, e com a participação ainda esporádica de Marcelo Negrão, também contundido.
Com isso, o time de ouro ficou sem dois homens de ataque.
Duas perdas que, para o esquema tático brasileiro, geraram três derrotas na Liga-95: duas para a Espanha e uma para os EUA.
À exceção de Paulão, que funciona no meio-de-rede, os demais integrantes da equipe campeã olímpica (Giovane, Tande, Carlão, Negrão e Maurício) atacam de diferentes pontos da quadra.
Com a liberação da zona de saque, esse fundamento se transformou em uma arma poderosa. A recepção do adversário é ``demolida" pelo fato de que o saque pode ser dado de qualquer ponto da quadra, com efeitos ``novos".
A seleção atravessa um momento de instabilidade nesse fundamento. Em um dia, está perfeito. No outro, não consegue furar a barreira adversária.
É justamente nesse ponto que o técnico Zé Roberto insiste: sem pressão no saque, não há como o time do Brasil recuperar a força de seu ataque.
(SK)

Texto Anterior: Espanha já estuda protesto
Próximo Texto: Indy troca as pistas ovais por maratona em circuitos mistos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.