São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Banda vai chegar ao olimpo com 'salsa-punk'

HERBERT VIANNA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O movimento de rock dos anos 80 aconteceu em vários países latinos de forma muito similar ao do Brasil. Os Cadillacs são apenas uma das bandas latinas dessa geração que tinham ska e reggae como base de seu trabalho.
Mas, com um grande número de bandas fazendo um trabalho similar, a sutil complexidade do ska e a delicadeza da batida ``one-drop", base do reggae, logo se banalizaram. Muitos não encontraram saída para esse impasse.
Os Cadillacs vêm buscando formas de combinar salsa e outros ritmos e sons latinos com rock, ska e reggae. No meio deste caminho, acabaram por produzir um megahit, a canção ``Matador", que usa o ritmo de samba-reggae. Com este tema ganharam todos os prêmios possíveis em termos de música latina em 93.
Seu novo disco é o trabalho mais aguardado do ano neste universo. Já se sabia que estavam nos EUA trabalhando com Chris Frantz e Tina Weymouth, dos Talking Heads, Mick Jones (ex-Clash) e Debbie Harry (ex-Blondie). Já se falava em ``salsa-punk" como melhor descrição do novo som da banda. Dizia-se também que havia pelo menos três hits do calibre de ``Matador".
Se tudo vier a se confirmar, os Cadillacs serão detentores incontestes do posto de maior banda latino-americana, porque, além disso, possuem um cantor que é uma síntese peculiar de Johnny Rotten e Ruben Blades, e sobre um palco eles são realmente fabulosos.

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