São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995
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Petista usa caso argentino

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Era difícil entrar no plenário da Câmara ontem à tarde sem levar um xerox da conta de telefone do deputado Luciano Zica (PT-SP) e outro da conta de um amigo seu na Argentina.
Zica alertava os colegas para o perigo de aumento nas tarifas. ``Na Argentina elas dobraram", dizia o deputado mostrando os papéis.
Não é bem assim. Ele pagou R$ 1,77 por minuto de ligação, enquanto o amigo argentino gastou entre 3,14 pesos a 2,37 pesos (R$ 2,76 a R$ 2,10).
O que Zica não explicava é que sua ligação foi feita em um domingo, quando há um desconto de 20% na tarifa. Se fosse outro dia, custaria até R$ 2,20.
O deputado Benito Gama (PFL-BA), defensor da quebra do monopólio estatal, resolveu comprar ``briga". ``Quem liga de Miami, onde também é privatizado, paga um terço do preço", disse ao petista.
Zica afirmou que a comparação tem que ser com a Argentina, porque é uma economia de tamanho mais próximo da brasileira.

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