São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995
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Salvador remove 57 famílias

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Técnicos da Codesal (Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador) concluíram ontem a transferência de 57 famílias (cerca de 300 pessoas) da invasão Iolanda Pires (centro) para escolas, associações de bairros e galpões reformados pela prefeitura.
Segundo a Codesal, a invasão Iolanda Pires está catalogada entre áreas de risco de desabamentos em Salvador. Nos últimos 15 dias, 58 pessoas morreram por causa das chuvas, que cessaram.
``A qualquer hora pode acontecer um deslizamento de terra no local", disse a chefe do setor de Estatística e Informações da Codesal, Maria Emília Freire.
A mesma operação vem sendo feita com 60 famílias (cerca de 300 pessoas) da invasão Luzia do Lobato, no subúrbio ferroviário (periferia), outra área condenada pelos técnicos da Codesal.
Maria Emília disse também que serão demolidas as casas que apresentam maiores riscos.
``Estamos encontrando dificuldades para remover as pessoas e a demolição das casas é a única alternativa para evitar novas tragédias", disse.
Até o início da noite de ontem, os bombeiros não tinham localizado mais nenhum corpo em São Gonçalo do Retiro e Cajazeiras 6 (bairros localizados na periferia).
No último dia 25, um deslizamento de terra em São Gonçalo do Retiro provocou a morte de pelo menos 32 pessoas. Segundo moradores do bairro, entre 10 e 13 pessoas estão desaparecidas.
Na última quinta, outro deslizamento matou pelo menos 20 pessoas, em Cajazeiras 6. Ainda há entre cinco e sete pessoas entre os escombros, segundo moradores. Outras quatro crianças também morreram em São Caetano em razão das chuvas.
Nas últimas 48 horas, a Codesal recebeu 316 solicitações. Do total, 26 foram de desabamentos e 90 sobre ameaças de deslizamentos e desabamentos.

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