São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mortes durante transferência de presos no Rio são apuradas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A direção do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) abriu ontem sindicância interna para apurar o incidente que deixou duas pessoas mortas e uma ferida na madrugada de domingo, durante uma transferência de detentos.
O caso também está sendo investigando pela 39ª DP (Delegacia de Polícia), na Pavuna (zona norte), onde foi aberto inquérito.
Coube ao Desipe a responsabilidade pelo transporte de 174 detentos para o presídio Bangu 2 (zona oeste). No trajeto, moradores que saíam de uma festa atravessaram a avenida Brasil (zona norte) em frente ao comboio policial.
Segundo testemunhas, os policiais atiraram contra os moradores. Os policiais teriam confundido os moradores com criminosos que se preparavam para resgatar detentos.
Um dos tiros atingiu Adelino Rodrigues Louzada, 17. Ele tentou atravessar a avenida e foi atropelado pelo carro de Guilherme Nassif Filho, 29, que capotou em seguida. Ambos morreram no local.
G., 15, levou dois tiros e foi medicado no hospital Getúlio Vargas (Penha, zona norte).
O delegado Celso Paulo Bezerra, titular da 39ª DP, disse que vai aguardar o laudo do IML (Instituto Médico Legal), ``confirmando que Adelino foi baleado".
Uma vez de posse do documento, ele espera ``transformar o inquérito em homicídio doloso (quando se comete o crime intencionalmente) em vez de culposo".
Segundo ele, as investigações foram abertas a partir de informações do IML, de que as vítimas morreram em virtude de fratura craniana com hemorragia cerebral.

Texto Anterior: Vereador malufista quer Suplicy depondo em CPI
Próximo Texto: Fuga frustrada causa morte em presídio do Rio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.