São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995
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Fazenda admite apenas 'alguns' reajustes

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, afirmou à Folha que algumas tarifas de serviços públicos prestados por prefeituras e governos de Estado precisam realmente de reajuste.
Parente se refere a tarifas que estão congeladas desde março do ano passado, quando houve a transformação dos preços de cruzeiro real para URV (Unidade Real de Valor).
A preocupação do governo federal é mostrar a prefeitos e governadores que estes preços devem ser reajustados com parcimônia, evitando-se abusos que prejudicariam o plano de estabilização econômica.
O valor das tarifas públicas tem impacto direto na formação de preços em geral. Por isso mesmo, o governo federal está evitando reajustar os preços, por exemplo, dos combustíveis, dos serviços de correio e de telecomunicações.
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, está mantendo contato com prefeitos e governadores para garantir que só reajustes inevitáveis sejam concedidos e, mesmo assim, com o menor percentual possível.
A rigor, o governo federal não dispõe de nenhum instrumento para proibir estes reajustes, já que prefeitos e governadores têm autonomia para determinar os preços dos serviços prestados por empresas públicas municipais ou estaduais.

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