São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995 |
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TCE pede auditoria sobre Carvalho Pinto
RAIMUNDO DE OLIVEIRA
Com 72,6 quilômetros, a Carvalho Pinto é um prolongamento da rodovia Ayrton Senna (antiga Trabalhadores) até Taubaté (134 km a nordeste de São Paulo). A estrada está sendo construída e administrada pela Dersa. Iniciada pelo ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), está avaliada em US$ 1,6 bilhão -a mais cara do Estado. Segundo a assessoria de imprensa da Dersa, a direção da empresa só vai se manifestar após ter sido comunicada oficialmente pelo TCE, o que não havia ocorrido até as 17h30 de ontem. Em parecer divulgado ontem, o conselheiro do TCE Eduardo Bittencourt Carvalho afirma que falhas no projeto ou na execução das obras levaram à interdição da rodovia no último dia 5 de abril. No trecho interditado, entre a Ayrton Senna e o trevo de São José dos Campos (97 km a nordeste de São Paulo), foram detectadas cerca de 90 rachaduras em um túnel construído na pista direita da rodovia, na altura do km 80. A auditoria deve servir para identificar os responsáveis pelas falhas que levaram à interdição, obrigando-os a devolver o dinheiro gasto na recuperação do túnel (R$ 2,5 milhões, segundo a Dersa). Estão envolvidas na construção dos túneis as empresas Hidrobrasileira, responsável pelo projeto, a construtora CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras), responsável pela obra no túnel, e Maubertec, responsável pelo gerenciamento da obra da CBPO. A Folha não conseguiu falar com a direção da CBPO e da Maubertec. O diretor-presidente da Hidrobrasileira, Plínio Mendonça, disse que o assunto deveria ser tratado na Dersa. Texto Anterior: Folha promove hoje debate sobre agronomia Próximo Texto: Ministério ganha verba Índice |
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