São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995
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Déficit pode ser de US$ 400 mi

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de compra e venda de dólares está agitado e confuso nos últimos dias. A causa é a expectativa em torno do resultado do comércio externo em maio, um número ainda desconhecido.
Há consenso num ponto: as importações mais uma vez serão superiores às exportações. Há ampla divergência em torno do tamanho do déficit: os números citados no mercado financeiro vão de US$ 250 milhões a US$ 900 milhões.
Ontem, a Folha obteve avaliações segundo as quais o déficit pode ficar em torno de US$ 400 milhões, igual, portanto, ao de abril. Quanto às exportações, o número está praticamente fechado: entre US$ 4,1 bilhões e US$ 4,2 bilhões.
Em junho, a agitação começou quando surgiram informações de que o déficit ficaria entre US$ 800 e US$ 900 milhões. Essa estimativa, provavelmente, foi baseada em declarações do ministro de Minas e Energia, Raimundo Brito, segundo as quais as importações de petróleo haviam subido, em maio, para US$ 750 milhões.
Esse número, porém, deve estar errado. Talvez, para prevenir uma greve de petroleiros mais demorada, a Petrobrás tenha encomendado aquelas importações. Mas, certamente, não houve condições práticas de trazer todo esse petróleo em maio.
O ministro, provavelmente, usou o número para fazer mais pressão sobre a greve dos petroleiros. Mas, se não foram US$ 750 milhões de importações de petróleo, quanto foi? Deve ter sido bem menos, e isso puxa para baixo as previsões do déficit geral de maio.

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