São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995 |
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Washington teme retirada
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Mesmo com essa opinião, o governo dos EUA está preparado para dar cobertura a essa retirada caso ela seja decidida, inclusive com o envio de tropas de combate em terra. Logo após o depoimento de Perry, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, John Shalikashvili, admitiu que o avião F-16 dos EUA derrubado na semana passada sobre a Bósnia estava desguarnecido. Shalikashvili afirmou ao Congresso que os estrategistas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) achavam impossível haver mísseis terra-ar baseados na Bósnia e, por esse motivo, não protegeram o F-16. A ONU tem mais de 22 mil soldados em ação na ex-Iugoslávia. A Otan tem um plano de retirá-los de lá, quando necessário, em 22 semanas. Esse plano pressupõe a participação de soldados dos EUA. Há 1.500 soldados norte-americanos a caminho, prontos para agir, se convocados. O presidente Bill Clinton disse que vai ordenar o desembarque dos soldados se a ONU resolver retirar suas tropas. Perry e Shalikashvili receberam muitas críticas de parlamentares do Partido Republicano (de oposição a Clinton), que são contra o envio de tropas norte-americanas para a ex-Iugoslávia. Texto Anterior: Ministro grego evita otimismo Próximo Texto: Presidente de Taiwan inicia viagem aos EUA Índice |
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