São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995
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Símbolos nacionais remetem às águas

MANOEL DIRCEU MARTINS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se Deus criou o mundo, há muito se discute. Mas que os holandeses aumentaram a Holanda, disso ninguém pode duvidar.
A construção de diques praticamente duplicou o mapa dos Países Baixos. A maior e mais povoada parte do território, que abrange seis das 12 províncias, situa-se hoje abaixo do nível do mar.
Sem a proteção dos diques, as províncias da Holanda do Sul e Zeeland seriam quase totalmente cobertas pelo mar do Norte.
O pouco de terra restante seria transformado em pântano. O porto de Roterdã, o maior complexo portuário do mundo, seria submerso em até 7 metros d'água.
Não por acaso, a Holanda do Sul concentra os três símbolos do país: moinhos de vento, diques e tulipas. Todos estão ligados à luta dos moradores contra o mar.
Poucos sabem que os moinhos, antes de posarem para as câmeras fotográficas, eram usados para drenar água das planícies. Além da moagem de grãos, tabaco e pedras.
No século passado havia cerca de 10 mil moinhos no país. Hoje, resta não mais do que um décimo disso, 974 foram tombados e pertencem ao patrimônio nacional.
A composição arenosa do terreno entre Lisse e Leiden, a 10 km de Haia, capital da Holanda do Sul, é ideal para o cultivo de tulipas. Uma visita aos campos de flores é de roubar o fôlego.
Lisse é a cidade das tulipas, o parque de Keukenhof exibe ambientes com seis milhões de flores.
Em Leiden, onde há 401 anos nasceu a primeira tulipa em solo holandês, vinda da Turquia, o Horto Botânico fica aberto o ano todo para visitas.
Outra figura ilustre das planícies desta província são as vacas holandesas. A cidade de Gouda, entre Utrecht e Roterdã, tem o seu próprio tipo de queijo, famoso no mundo inteiro.
(MDM)

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