São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995
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Juros caem com desindexação, diz FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que a partir de 1º de julho o governo terá ``uma nova avenida a percorrer no sentido da desindexação e da redução dessa dívida interna".
Segundo ele, estas medidas vão garantir a redução dos juros.
FHC afirmou que vai enfrentar a ciranda financeira ``com competência técnica e não com explosão emocional, por mais compreensível que ela seja".
As declarações do presidente foram feitas durante encontro com parlamentares da Amazônia, após sugerir que eles estarão agindo pela emoção se aprovarem na Câmara o projeto que tabela as taxas de juros em 12% ao ano.
Ao fazer um apelo aos parlamentares para que rejeitem este projeto, Fernando Henrique disse: ``Peço aos parlamentares que, quando pensarem em juros, pelo amor de Deus, embora se possa compreender o protesto, não façam um gesto impensado de tabelar o juro."
Ele repetiu ontem a previsão de um quadro caótico a partir da fixação dos juros em 12%: ``Se tabelarem, o Brasil perde alguns bilhões de dólares naquela mesma semana e os agiotas passam a cobrar as taxas de juros".
Em seu discurso, FHC disse que vai equacionar o problema da dívida interna. ``Temos que enfrentar este problema que sufoca o Estado e que impede que haja recursos suficientes para que nós nos lancemos neste desafio tão grande".
Ele afirmou que a indexação da economia -reajuste automático pela inflação passada- contribui hoje para a espiral inflacionária, a manutenção de taxas de juros elevadas e a preservação da dívida interna do Estado.
Os parlamentares da bancada da Amazônia fizeram reivindicações de interesse regional, entre elas que o governo não venda a Companhia Vale do Rio Doce, incluída na lista de privatização.

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