São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Consórcio é 1º colocado na privatização da via Dutra

ISNAR TELES
DA FOLHA VALE

O consórcio formado pelas construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez foi o primeiro colocado na terceira e última fase da concorrência de privatização dos serviços na via Dutra (BR-116).
A privatização dos serviços da Dutra significa a autorização para a exploração de pedágios pelo governo federal, em troca de obras de recuperação e modernização.
A última fase da privatização da Dutra foi encerrada ontem, em Brasília, com a abertura dos envelopes com propostas de pedágio.
O consórcio -que venceu em 94 a concorrência da ponte Rio-Niterói- apesentou como preço para o pedágio R$ 2,39.
O edital da privatização havia estipulado como valor máximo R$ 2,50. Hoje não é cobrado pedágio na rodovia, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.
Participaram da última fase da privatização da Dutra, além do consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez, as construtoras Triunfo, Queiroz Galvão e OAS. A Triunfo apresentou o valor de R$ 2,42, o segundo mais baixo.
O pedágio será cobrado em quatro pontos da Dutra, nos dois sentidos. Isso significa que em uma viagem de ida e volta de São Paulo para o Rio, por exemplo, o usuário irá pagar R$ 19,12.
Segundo o presidente do Procofe (Programa de Concessão de Rodovias Federais), Ítalo Mazzoni, 62, o Ministério dos Transportes terá agora 15 dias para avaliar a proposta do consórcio. Depois, deverá ser assinado o contrato, dentro de no máximo 60 dias.
A cobrança do pedágio, no entanto, só será permitida depois de um período de seis meses, tempo que o consórcio vencedor terá para fazer as primeiras obras de recuperação da rodovia.
Entre as obras de modernização estão instalação de telefones públicos ao longo da Dutra, manutenção de equipe médica e ampliação das pistas em vários trechos.
As empresas vencedoras terão que investir cerca de R$ 1,2 bilhão ao longo de 25 anos, tempo em que durará o contrato com o Ministério dos Transportes.
Mazzoni estima que durante esse período de concessão o consórcio poderá obter uma receita de US$ 3 bilhões (R$ 2,73 bilhões pelo câmbio comercial) com a exploração de tarifas.
Essa receita equivale a 2,27 vezes os recursos que devem ser investidos em obras na estrada.
Policiamento
Na segunda, a Polícia Rodoviária Federal vai reforçar o policiamento no trecho paulista da Dutra, como parte da ``Operação Corpus Christi", que começa da quarta.
Serão empregados mais de 80 patrulheiros, que darão orientações aos motoristas em relação aos perigos e riscos de acidentes causados pela neblina.

Texto Anterior: Deputado critica PMs participantes de coro
Próximo Texto: Dersa recebe notificação de auditoria em estrada
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.