São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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Segundo casamento; Traição anunciada; Gênios incompatíveis; Pergunta que não cala; Objetos do desejo; Iguaria estatal; Garota-propaganda; Zero por hora; À distância; Menos complicado

Segundo casamento
Prevendo a deserção de parte da base governista na hora de votar temas polêmicos como reforma tributária e administrativa, líderes tucanos começam a flertar com parlamentares de esquerda. Já viram que a conquista será difícil.

Traição anunciada
Avalia-se no PSDB que o primeiro sinal de divergências sobre o futuro da reforma foi dado pelo líder do PFL, Inocêncio Oliveira, ao dizer que as prioridades no 2º semestre devem ser leis ordinárias e não emendas constitucionais.

Gênios incompatíveis
Motivo das tensões na base governista previstas pelo PSDB para agosto: entram em pauta temas que mexem em estruturas nas quais os próprios partidos se apóiam para sobreviver, como o enxugamento de órgãos federais.

Pergunta que não cala
Nem só tucanos questionam a fidelidade do PFL a FHC. Há dias, um cacique pefelista disse a seus pares: ``Estamos entrando em um caminho sem volta. Somos o único partido identificado com o governo. E se o real falhar?"

Objetos do desejo
A bancada governista já deixou claro para o governo quais são os cargos federais mais cobiçados na troca por votos: as presidências e diretorias das ``teles" estaduais, as superintendências regionais do INSS e as docas estaduais.

Iguaria estatal
O apetite dos parlamentares paulistas é especialmente grande com relação à Telesp. ``Aquilo é melhor do que muito ministério", diz um deputado ``dono" de uma das diretorias da estatal.

Garota-propaganda
Thereza Collor é a estrela da campanha para aumentar os depósitos no Produban, o banco estadual de Alagoas sob intervenção do BC. A publicidade faz parte da estratégia do governador Suruagy, contrário à privatização do banco.

Zero por hora
Exemplo de ``agilidade" no Congresso: a Comissão de Orçamento da atual legislatura ainda não foi formada. Assim, permanecem os antigos membros. Como vários não foram reeleitos, dificilmente as reuniões têm quórum.

À distância
Em palestras a empresários, em São Paulo, o secretário da Fazenda de Covas, Yoshiaki Nakano, não tem escondido suas críticas à política de juros altos e câmbio supervalorizado de seus colegas tucanos do governo federal.

Menos complicado
O líder do PMDB na Câmara, Michel Temer, já sabe o que fazer se o governo retardar o envio de seu projeto de reforma tributária. Vai propor alternativas que, diz, simplificarão os impostos cobrados de pessoas físicas e empresas.

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