São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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Câmara aprova fim do monopólio do petróleo

Emenda terá nova votação dia 21 e depois vai ao Senado

DA REDAÇÃO

Depois de 42 anos de monopólio estatal do petróleo, a Câmara deu um grande passo para a abertura do setor a empresas privadas. Em primeira votação, 364 deputados votaram pelo fim do monopólio, contra 141 que defenderam sua manutenção. Houve três abstenções.
A sessão durou cinco horas e meia e foi a mais tensa desde o início da votação das reformas constitucionais. A Câmara obteve quórum recorde -508 dos 513 deputados compareceram.
O PMDB foi o partido governista com maior dissidência -23 deputados votaram contra. O PSDB teve sete. PTB e PPR, dois cada e o PL, um voto.
A emenda será votada mais uma vez pela Câmara. A votação em segundo turno está marcada para o dia 21. Se aprovada, ela será encaminhada ao Senado, onde precisará passar por mais duas votações para ser promulgada.
Durante a sessão, o relator da emenda, deputado Procópio Lima Netto (PFL-RJ), foi acusado pelo PT de ter recebido doações de uma empresa petrolífera para sua campanha eleitoral. Lima Netto admitiu a contribuição.
O deputado Milton Temer (PT-RJ) acusou, por sua vez, o deputado Roberto Campos (PPR-RJ) de chamar a Petrobrás de ``petrossauro", mas, ao mesmo tempo, pedir para empregar na estatal seus ``afilhados políticos".
Em seguida, mostrou um telex de 1992 com o nome de Campos em que ele aparece pedindo para que Benedito Alves da Rocha seja empregado no cargo de assessoramento superior na Petrobrás.
Campos rebateu, afirmando que o telex é falso e não possui a sua assinatura. ``Qualquer um pode ter enviado o telex em meu nome."

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