São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

``Costumo levar as algemas"

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi amarrada com um par de meia-calça de lycra nos pés de uma cama de solteiro que a administradora de empresas Ruth Aparecida S., 33, descobriu que gostava de recorrer a outros instrumentos quando estava na cama.
``Na hora que meu marido amarrou meus braços fiquei muito assustada, achei que ele ia me bater. Depois, como confio muito nele, relaxei e acabei gostando da brincadeira", afirma.
Hoje, Ruth se diz fã de sex shops. ``Elas têm a mesma importância dos principais museus em meus roteiros turísticos. As de Amsterdã são as melhores."
A dentista Márcia G., 36, descobriu as algemas procurando por camisinhas fosforescentes para o irmão em Nova York. ``Vi as algemas logo que entrei na primeira loja e fiquei enojada. Depois de entrar na quinta já estava gostando da idéia. Acabei não achando as camisinhas e levando as algemas para mim."
A relações públicas Mônica M., 35, também gosta de ser imobilizada quando está com seus parceiros. ``Costumo levar as algemas no primeiro encontro que acho que pode acabar no motel", conta. ``Os homens levam o maior susto quando tiro elas da bolsa, mas entram no clima rapidinho."
Ao contrário de Mônica, a bióloga Janete M.J., 30, espera o namoro engrenar para contar que gosta de amarrar e ser amarrada com cordas na cama.
``É preciso confiar muito no parceiro para não sentir medo e aproveitar bem o momento", afirma. Segundo ela, a maioria de seus namorados também se assustou no primeiro momento. ``Depois que a coisa esquenta eles acabam comprando uma."

Texto Anterior: Me presenteiam flores
Próximo Texto: Casal pega carona no romantismo de Rodin
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.