São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Impedimento dura um ano
FLAVIO CASTELLOTTI
Seu mandato é fixo e dura seis anos, mesma duração do mandato presidencial. As datas de início e término do mandato de ambos, contudo, nunca coincidem. Essas e outras normas foram estabelecidas pela lei que pretende dar maior autonomia ao BC, aprovada em dezembro de 1993, durante o governo Carlos Salinas. Segundo a lei, ``nenhum órgão governamental pode intervir nas decisões do Banco Central", mas na prática, ``as coisas são bem diferentes", dizem especialistas. ``O BC mexicano participa frequentemente dos leilões de títulos do Tesouro e não tem autonomia sobre a política cambial", afirma o economista Fernando Sanchéz, especialista em contas públicas. Ele cita como exemplo a desvalorização do peso, ocorrida em 21 de dezembro de 94. ``De fato, foi o BC que anunciou as novas bandas de flutuação do peso, o que causou a corrida pelo dólar, mas todos sabemos que tratou-se de uma decisão do Executivo", diz Sanchéz. Ele reconhece, contudo, que em termos de normas burocráticas o Banxico é um dos Bancos Centrais mais independentes da América Latina. Assim como o presidente, os diretores da instituição também são aprovados pelo Congresso e têm mandato fixo (oito anos). A renovação dos cargos obedece a um calendário escalonado. Em outras palavras, a equipe vai sendo renovada aos poucos e não de uma só vez, medida que visa dar maior continuidade às políticas implementadas pelos antecessores. O presidente pode ser reeleito e não recebe dinheiro do governo durante a ``quarentena" de um ano. O atual presidente do Banxico, Miguel Mancera, já está no cargo há treze anos. Texto Anterior: Mandato é fixo e de seis anos Próximo Texto: Veto só para os que renunciam Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |