São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
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Namorar colega aumenta produtividade
LUÍS PEREZ
A tese é defendida por Maria José Tonelli, 41, professora de Psicologia Aplicada às Relações de Trabalho da FGV (Fundação Getúlio Vargas), de São Paulo. Para Maria José, as empresas hoje em dia aceitam quase sem restrições o relacionamento afetivo entre seus profissionais. A professora afirma que o número de namoros entre colegas tem aumentado -e muito-, proporcionalmente ao de mulheres que trabalham (veja Indifolha). ``Nas grandes cidades, o trabalho é o grande local de convívio social, porque desapareceram outros laços, como a vizinhança." Após passar de 8 a 12 horas juntas, difícil é imaginar que as pessoas não namorem. ``Acontece com frequência", afirma Miguel Vizioli, 41, diretor de RH (recursos humanos) da Pizza Hut. Os caixas Cintia de Oliveira, 20, e José dos Reis Nascimento, 22, são um exemplo. ``No início, ficamos assustados, mas depois assumimos", diz ela. O temor se justifica. Tempos atrás, ter um namorado no emprego era motivo para demissão. O consultor Simon Franco, da Simon Franco Recursos Humanos, diz acreditar que ainda há casos. Lilian Waisman, 41, supervisora de RH da Incentive House, discorda. ``Demissão por namoro faz parte de um passado remoto." Muitas vezes, porém, o namoro não acontece entre pessoas da mesma área. Pelo contrário. Foi preciso mudar de setor para que Fernando Feliciano, 40, gerente de Grandes Contas da American Express, começasse a conversar com Renata De Biasi, 31, secretária da vice-presidência. ``Mudar de área é importante para quebrar barreiras", dizem. Os dois começaram a namorar cinco anos atrás. ``Agora estamos bem mais motivados." A primeira filha, Giuliana, nasceu há dez dias. Namoradeira confessa, Cecília Yoshizawa, 34, diretora de marketing da Mitsubishi, diz ter sido casada duas vezes com ``pessoas relacionadas a seu trabalho". Ex-diretora da Ayrton Senna Promoções e Empreendimentos, foi uma das idealizadoras do personagem Senninha. Diz ter uma frustração amorosa muito especial. ``Faço terapia até hoje por nunca ter namorado o Ayrton", brinca. Próximo Texto: 'Venda quintuplicou', diz diretor Índice |
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