São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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A cozinha Alfa degustada na própria casa

MATINAS SUZUKI JR.
ENVIADO ESPECIAL A MILÃO

Para Rogério Fasano pilotar é um verbo transitivo em mão dupla.
Ele pilota o fogão industrial RG de dez bocas do seu restaurante Fasano com a mesa disposição hedônica com que pilota os 183 cavalos da sua Alfa Romeo 164.
Os 22 km de asfalto da pista de provas da Alfa em Balocco, a cerca de 60 km de Milão, recortam as culturas encharcadas do melhor ``risotto" que se pode degustar.
Ali, temperando a velocidade da máquina (não se esqueça a origem milanesa do futurismo italiano) e a tradição da mesa, Fasano testou as novas Alfas que chegam ao Brasil.
Em Milão sobrevive um império: o império do design. E o caráter da nova geração Spider (também em conversível) é picante.
(Os críticos dizem que a linha tem muito do design Pininfarina e pouco do velho ``espírito" Alfa).
``É um caso de amor à primeira vista", diz Rogério Fasano, acelerando e parecendo entrar em alfa.
Além dos Spiders, Fasano testou ainda os modelos GTV, 145 e 155. Em todos o principal elogio: a relação velocidade/estabilidade.
Fasano não vê muita vantagem no GTV Turbo: ``dirige-se aos socos para entrar o turbo", diz.
O 155 ele classifica como uma versão superior do Tempra 16 válvulas. O 145 não mereceu observação especial, a não ser o desenho do painel do passageiro.
O ponto não aprovado nas Alfas: o próprio painel e o material nele empregado. A Alfa vem ao Brasil com um desafio:
Provar que carro italiano não é só design e que ela disputará o coração de luxo do brasileiro com as Mercedes, as BMWs e com a coqueluche do momento, os Audis.

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