São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995
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Ericsson espera lucrar US$ 180 mi com reforma

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Ericsson vai ganhar US$ 180 milhões com a quebra do monopólio das telecomunicações, segundo o presidente da empresa, Carlos de Paiva Lopes.
Ele disse que a Ericsson, de acordo com sua estratégia, não vai entrar em concorrência para operar serviços de telecomunicações.
A empresa continuará a atuar apenas na fabricação e fornecimento de equipamentos e sistemas de telecomunicações.
Paiva Lopes calcula que a Ericsson terá, ``no mínimo", um aumento de 50% nas suas vendas em 96 com a quebra do monopólio.
O faturamento da Ericsson atingiu US$ 350 milhões no ano passado.
Paiva Lopes acredita que a maior parte das vendas da empresa será na área de telefones celulares.
A Ericsson é uma empresa líder na telefonia celular, detendo cerca de 40% do mercado mundial.
``Esse é um mercado que já existe, onde, com a quebra do monopólio estatal, haverá muitos investimentos privados", afirmou.
Ele espera também um grande crescimento das vendas de telefones tradicionais. ``Esse é um mercado que tem um déficit de atendimento de aproximadamente 3 milhões de telefones".
O presidente da Ericsson disse que não considera importante a privatização das empresas estaduais de telecomunicações.
Para ele, o passo mais significativo para o atendimento da demanda reprimida no setor de telecomunicações é a quebra do monopólio.
O empresário cita um provérbio chinês para fortalecer seu ponto de vista: ``Não importa se o gato seja branco ou preto, o que importa é que ele cace ratos".

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