São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995
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Gordon vence prova da Indy em Detroit

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL A DETROIT

O norte-americano Robby Gordon venceu ontem o tumultuado GP de Detroit (EUA), oitava etapa do campeonato 95 da Indy.
A prova esteve em regime de bandeira amarela -o carro-madrinha entra na pista e os competidores se alinham atrás dele, sem que ultrapassagens sejam permitidas- durante 22 voltas, mais de um quarto da corrida.
Tudo isso devido às cinco batidas que interromperam a prova. No final, os pilotos responsabilizavam a pista de rua de Detroit por toda a confusão.
``É tão difícil ultrapassar aqui que chega a ser até frustrante", disse o norte-americano Michael Andretti, o quarto colocado ontem.
Durante as vinte últimas voltas, por exemplo, Gordon segurou três carros atrás de si: Jimmy Vasser, Scott Pruett e Andretti, respectivamente, conferindo à corrida um final monótono.
``Não dá para passar de jeito nenhum. Aqui, você fica na fila mesmo", contou Gil de Ferran, que se envolveu numa batida ao tentar ultrapassar Christian Fittipaldi (leia texto nesta página).
As batidas ``vitimaram", ao total, 7 dos 11 carros que abandonaram a prova.
Além delas, Brian Herta deixou a corrida com um princípio de incêndio em seu carro.
O próprio Robby Gordon experimentou o sabor do muro de Detroit por três vezes no final de semana.
Até no treino de aquecimento, ontem de manhã, ele bateu.
Com a vitória -a segunda este ano-, no entanto, o norte-americano ganha novas forças na equipe Walker, onde trava uma disputa por espaço com o brasileiro Christian Fittipaldi.
Gordon ainda encostou no líder do campeonato, o canadense Jacques Villeneuve. Chegou aos 75 pontos, quatro atrás da liderança.
``Foi um final de semana difícil, eu nem consigo acreditar que venci", disse.
Para os brasileiros, a prova foi desastrosa. O melhor colocado, Emerson Fittipaldi, chegou na décima posição.
Mais uma vez, a Penske errou na estratégia para o piloto brasileiro (o brasileiro não correu em Indianápolis por erro da equipe), ao não aproveitar uma bandeira amarela no meio da corrida para fazer um pit stop.
Com isso, ele acabou por perder muitas posições.
``E depois, fiquei atrás do Villeneuve, sem conseguir passar. Eles vão ter que mudar esta pista, não dá, ela é muito crítica em ultrapassagens", queixou-se.
Emerson chegou a andar atrás de Marco Greco, que terminou em 13º.
``Ele nem conseguia chegar em mim", comemorava Grego, ao final da prova.

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