São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995 |
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Ciclo traz `jóias' de Carbonari
JOSÉ GERALDO COUTO
Qualquer brasileiro que tenha mais de 30 anos viu (ou aturou) os curtas-metragens institucionais de Carbonari, exibidos nos cinemas antes da principal atração. Hoje com 75 anos, Carbonari culpa as dificuldades de exibição pela sua inatividade. ``Depois que acabou a lei de obrigatoriedade do complemento nacional, não há mais espaço no mercado", ataca o produtor. Ironicamente, o último evento que ele filmou foi a posse presidencial de Fernando Collor de Mello, ``o homem que acabou com o cinema brasileiro". Carbonari afirma ter realizado a impossível cifra de 69 mil reportagens cinematográficas. No acervo de sua empresa, criada em 1950, há 12 mil delas. Outros dois participantes do evento, o pesquisador Luís Felipe Miranda e o produtor e diretor Roberto Farias, também vêem na exibição um dos problemas cruciais do cinema brasileiro atual. Em sua palestra, dia 15, Miranda fará um apanhado da situação recente do cinema brasileiro. Farias falará sobre como aproveitar as experiências da Embrafilme (estatal que presidiu entre 1974 e 78) no atual contexto, de ``crise não só brasileira como mundial". Segundo Faria, ``sempre faltou uma política voltada para a exibição de filmes brasileiros". (JGC) Texto Anterior: PROGRAMAÇÃO DO EVENTO ATÉ SÁBADO Próximo Texto: Misha Maisky traz seu violoncelo à Hebraica Índice |
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