São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995
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Polícia investiga ligação com prisão de traficante

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo colombiano ainda não tem hipóteses sobre a autoria do atentado que atingiu o parque no centro de Medellín na noite de anteontem.
"Creio que seria uma grande irresponsabilidade tentar adiantar qualquer hipótese agora. Isso atrapalharia as investigações", afirmou o ministro da Defesa da Colômbia, Fernando Botero.
Sem dar detalhes, Botero disse que o governo colombiano "mostrará exatamente o que pensa" em relação ao atentado nas próximas 72 horas.
O mesmo prazo foi dado pela polícia de Medellín para descobrir se um suspeito preso na noite de sábado tem algum envolvimento com o ataque.
Um sapateiro de 18 anos, que não foi identificada pela polícia, foi preso nas proximidades do parque onde ocorreu a explosão, carregando quatro latas de café com um pouco de pólvora.
Para o chefe de polícia de Medellín, general Alfredo Salgado, a sofisticação da bomba e a forma como ela foi colocada, para causar o maior número de vítimas no local, demonstram que o autor não era amador.
Foram usados dez quilos de dinamite na bomba.
Em caso de atentado terrorista planejado, há duas hipóteses.
Uma, praticamente descartada pela polícia, é que os responsáveis sejam guerrilheiros de grupos esquerdistas que atuam em selvas no país.
A outra, por enquanto negada, é que haja relação com a prisão do líder do cartel de Cali, Gilberto Rodriguez Orejuela, ocorrida na sexta-feira.
Orejuela controlava 70% do tráfico de cocaína no mundo, sucedendo em importância a Pablo Escobar, chefe do cartel de Medellín morto em dezembro de 1993 pela polícia colombiana. Ele deve prestar depoimento hoje.

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