São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995 |
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Diplomatas dizem que reféns serão libertados
ANDRÉ FONTENELLE
Ivor Roberts, encarregado de negócios da embaixada do Reino Unido em Belgrado, disse que a situação "está no caminho certo" e agradeceu "aos tornaram isso possível, inclusive o presidente sérvio, Slobodan Milosevic". Gabriel Keller, encarregado de negócios francês, ressalvou que a "libertação dos detidos não está relacionada ao fim do embargo a Belgrado nem ao reconhecimento da Bósnia" pela atual Iugoslávia. Os dois deram essas declarações a uma rádio da cidade de Kragujevac, 95 km ao sul de Belgrado. Anteontem, o "ministro das Relações Exteriores" da autoproclamada República Sérvia da Bósnia, Aleksa Buha, dissera que a questão dos reféns está "em princípio, resolvida" e que falta apenas acertar detalhes da libertação. Segundo a agência oficial iugoslava Tanjug, o chefe da polícia secreta sérvia, Jovica Sanisio, previu a libertação dos reféns para "esta semana". Stanisic foi o intermediário da libertação de parte dos reféns, na semana passada. Há 145 militares da ONU presos ou cercados pelos sérvios da Bósnia. Entre eles se encontra um brasileiro, o capitão Harley Alves. Ele estaria detido com sete observadores militares, nos arredores de Pale. Estariam nas mãos de "radicais" sérvios da Bósnia, que relutam quanto à libertação dos reféns. Embora o governo iugoslavo afirme não apoiar o regime separatista de Radovan Karadzic, a imprensa local dá impressão contrária. A maioria dos jornais ataca croatas e muçulmanos da Bósnia, enquanto defende separatistas sérvios na Croácia e na Bósnia. Texto Anterior: Sérvios atacam perto do aeroporto de Sarajevo Próximo Texto: CIA conhecia risco para piloto, diz jornal Índice |
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