São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995
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Ônibus sobe 30% em SP e vai a R$ 0,65 na segunda

DA REPORTAGEM LOCAL

A tarifa de ônibus em São Paulo vai subir dos atuais R$ 0,50 para R$ 0,65 na segunda-feira, dia 19. O aumento equivale a 30%.
A inflação acumulada pelo IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do Real) entre julho de 94, quando houve o último reajuste, e maio de 95 foi de 32,88%
O impacto do reajuste da tarifa na inflação é de 0,94 ponto percentual. Isto significa que, se não houvesse nenhum outro reajuste de preço ou tarifa entre 19 de junho e 19 de julho, o IPC da Fipe seria de 0,94% neste período.
O presidente do Transurb (sindicato das empresas de ônibus), Maurício Lourenço da Cunha, disse que os empresários estão reivindicando o recebimento de R$ 0,75 por passageiro transportado. Sem isso, de acordo com Cunha, ficará difícil renovar a frota.
Em São Paulo, a remuneração das empresas e o valor da passagem estão dissociados. A tarifa e o valor repassado às empresas não coincidem necessariamente.
Em maio, as empresas receberam R$ 0,62 por passageiro e a prefeitura gastou R$ 24 milhões em subsídios ao sistema.
O secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, quer continuar remunerando as empresas na base dos R$ 0,62 por passageiro etransportado no novo acordo que deve assinar com os empresários.
Isto não significa, de acordo com Toledo, que a prefeitura vá lucrar três centavos por passageiro -a diferença entre R$ 0,65 da tarifa e os R$0,62 da remuneração das empresas.
Ele afirmou que a prefeitura continuará subsidiando o sistema. "O subsídio vai ficar em R$ 2,6 milhões por mês", afirmou o secretário.
A explicação é a seguinte: nem todos os passageiros pagam o valor integral da tarifa. Os estudantes, por exemplo, pagam apenas metade do valor. A diferença é coberta pela prefeitura.
Custos
O maior impacto na planilha de custos das empresas de ônibus foi no item mão-de-obra. Desde maio deste ano, os gastos com a folha de pagamento subiram cerca de 40% para as empresas.
Este índice é semelhante ao reajuste concedido pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) aos metroviários.
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, havia dito que o bilhete do Metrô deveria subir 30% a partir de 1º de julho.
O bilhete do Metrô, que é subordinado à secretaria dos Transportes Metropolitanos, subiria de R$ 0,60 para R$ 0,78.
O Metrô é subordinado à secretaria. O aumento do bilhete pode ser antecipado para a próxima segunda-feira, já que o reajuste costuma coincidir com o aumento da tarifa de ônibus.
Ontem, a assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que até o fim da semana haverá uma definição sobre o assunto.
O reajuste do bilhete da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também pode ser antecipado para a próxima segunda-feira.


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