São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
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Rodovia Carvalho Pinto reabre amanhã à 0h
DA FOLHA VALE E DA REPORTAGEM LOCAL A rodovia Carvalho Pinto (Guararema-Taubaté) será reaberta à 0h de amanhã. A estrada ficou 69 dias interditada -desde 5 de abril- para reparo em um túnel.A estrada facilitará o acesso das pessoas que forem passar o feriado de Corpus Christi em Campos do Jordão (175 km a nordeste de SP), que abrirá oficialmente a temporada de inverno de 95. A Carvalho Pinto tem 72,6 quilômetros e é um prolongamento da rodovia Ayrton Senna (antiga Trabalhadores). A rodovia foi inaugurada em dezembro de 94 com apenas uma pista em funcionamento. Segundo o presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Stanislav Feriancic, 45, a previsão é de que cerca de 125 mil carros passem pelo sistema Ayrton Senna-Carvalho Pinto no feriado desta quinta-feira. O secretário estadual dos Transportes, Plínio Assmann, 61, fez ontem uma vistoria nas obras da rodovia e garantiu para amanhã a liberação do trecho interditado para o tráfego. Assmann disse ontem que a estrada poderá ter sistema de cobrança de pedágio antes de ser totalmente concluída. A rodovia deverá ter dois postos de cobrança de pedágio. O objetivo é oferecer a arrecadação do pedágio a um empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para que as sete construtoras que trabalham na rodovia finalizem a obra. A estimativa de arrecadação na Carvalho Pinto é feita com base no movimento na Ayrton Senna. Segundo a assessoria de imprensa da Dersa, são arrecadados em média R$ 82,9 mil por dia com o pedágio na Ayrton Senna. Segundo o governo, faltam cerca de R$ 300 milhões para a conclusão da Carvalho Pinto. Assmann disse que a cobrança do pedágio poderá ser usada por dez anos como garantia ao financiamento. O secretário afirmou que ainda não há prazo previsto para a implantação da cobrança de pedágio na Carvalho Pinto. ``Isto ainda precisa ser definido", disse. Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, ainda não há definição sobre o financiamento às construtoras. Assmann disse que o governo está em negociação com as sete construtoras encarregadas pelas obras da Carvalho Pinto para tentar diminuir o valor da dívida por causa da construção da rodovia. Segundo ele, as obras da Carvalho Pinto estão avaliadas em R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 750 milhões de dívidas com as construtoras e R$ 300 milhões previstos para terminar a rodovia. Segundo a direção da Dersa, as obras da rodovia estão com 76% de conclusão. O diretor da CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras) Cesar Castro disse ontem que as empresas responsáveis pela construção da rodovia estão em negociação direta com o BNDES. Segundo ele, as negociações prevêem operação ``cruzada" entre o governo do Estado e as construtoras para concluir as obras. Texto Anterior: Migrantes gaúchos contribuem para a devastação ambiental do Nordeste Próximo Texto: Vôos para o NE estão lotados Índice |
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