São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Malan critica imprensa e sugere 'reflexão'
LUCAS FIGUEIREDO
No discurso de posse de Gustavo Loyola no BC, Malan pediu “menos espaço para o bochicho e para a plantação de notícias”. Tendo Serra como ouvinte, Malan admitiu que existem diferenças entre os membros da equipe econômica, mas disse que elas são “legítimas e saudáveis”. Após o discurso, os dois ministros se cumprimentaram com um abraço. Serra e Malan vinham se desentendendo quanto à necessidade de implantar um regime de cotas de importação de automóveis. Serra é favorável à restrição dos veículos importados e concessão de incentivos à indústria automotiva, enquanto Malan não concorda totalmente com a idéia. O ministro da Fazenda afirmou que as diferenças existentes na equipe são “tecno-operacionais”e não pessoais. Malan sugeriu que a imprensa faça uma reflexão sobre a cobertura da vida privada de pessoas públicas. Ele citou como exemplo de um bom debate sobre o tema artigos publicados pela Folha de autoria do ministro Serra e dos jornalistas Clóvis Rossi e Luís Nassif. Antes do protesto de Malan, Loyola havia criticado as “insinuações” feitas na época da mudança da política cambial, quando o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida, foi acusado de fornecer informações privilegiadas a alguns bancos. “Lamentavelmente, está virando moda neste país jogar-see no ar insinuaçõe sobre o comportamento de homens públicos”, dissee Loyola. No seu discurso de despedida do cargo, Arida também se referiu a “pressões” que sofreu durante o período que comandou o B.C. Texto Anterior: Leia as íntegras dos discursos de Loyola e Arida Próximo Texto: Malan diz enfrentar o ``homo indexatus" Índice |
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