São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Seminário rediscute a história

ESPECIAL PARA A FOLHA

O cientista político Hélio Jaguaribe, decano do Instituto de Estudos Políticos e Sociais (Iepes), do Rio, disse ontem que é preciso fazer o estudo das grandes civilizações do passado sem cair nos ``prejuízos dogmáticos das filosofias da história" tradicionais.
Jaguaribe coordena o 1º Seminário Internacional sobre o projeto de pesquisa ``Estudos Críticos da História (A Critical Study of History), que foi aberto ontem e se encerra hoje na USP (Universidade de São Paulo).
O projeto, patrocinado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e coordenado pelo Iepes com a colaboração da USP e da Universidade de Buenos Aires, visa estudar 16 civilizações, entre as quais a Ocidental.
Um grupo de especialistas do mundo inteiro apresentará até 1998 estudos sobre as civilizações egípcia, grega, romana, bizantina e chinesa, entre outras.
Jaguaribe salientou ontem que o projeto se diferencia pelo fato de privilegiar a pesquisa empírica e não apresentar qualquer ``a priori metafísico" na abordagem das culturas estudadas.
Ele apresentou como exemplos de visões dogmáticas a ``metafísica" de Friedrich Hegel (1770-1831), que via a história como o ``desdobramento do espírito absoluto" e a ``ideologia" de Karl Marx (1818-1883), que ``via na luta de classes o motor da história".
O ministro da Cultura, Francisco Weffort, elogiou o trabalho de Jaguaribe.

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