São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Policiais não se manifestam
DA REPORTAGEM LOCAL Nenhum dos policiais acusados de tortura e de envolvimento no esquema repressivo durante os governos militares respondeu às acusações do grupo Tortura Nunca Mais.``Não falo sobre isso", disse às 16h de ontem o delegado Ernesto Milton Dias, da Seccional de Itaquera. ``É uma palhaçada. Isso é ridículo", afirmou Dias, desligando o telefone. A assessoria de imprensa do Detran informou às 16h30 que o diretor do órgão, Enos Beolqui, não quer comentar a inclusão de seu nome na lista. O mesmo ocorre em relação ao assessor Eduardo Nardi. A Folha telefonou três vezes para o delegado Dirceu Gravina, na delegacia de Indiana. Às 15h40, o escrivão Luiz disse que ele tinha ido a Presidente Prudente (SP). Luiz deu o número de seu telefone celular, que não atendia. Às 17h, novo telefonema foi dado à delegacia. Gravina não havia retornado. No Departamento de Polícia Judiciária, onde trabalha o delegado Davi de Araújo Santos, ele também não pôde ser localizado. O delegado Roberto Pacheco disse que ele não tem aparecido. Segundo ele, Santos deve estar de férias. O delegado Aparecido Laerte Calandra também não foi localizado. Ivana, que trabalha com ele, disse às 14h que ele ainda não havia retornado do almoço. Às 16h50, a informação foi de que ele não estava. Secretário-adjunto de Segurança, Luiz Antônio Alves de Souza nega que existam torturadores no comando da polícia. Segundo Souza, o único integrante da lista do Tortura Nunca Mais nomeado pelo governador foi Enos Beolqui, do Detran. As escolhas de delegados, segundo ele, são atribuições do delegado-geral da polícia. Para ele, esses delegados têm que exercer funções na polícia. Texto Anterior: Covas vai afastar acusados de tortura Próximo Texto: Seminário rediscute a história Índice |
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