São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Polícia acha cemitério ilegal no Rio

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

Um cemitério clandestino foi descoberto ontem na favela do Aço, em Santa Cruz (zona oeste do Rio). A polícia afirma que o cemitério era usado por traficantes para esconder corpos de pessoas mortas em tiroteios na favela.
Dois corpos em decomposição e três ossadas foram encontradas durante escavações feitas ontem. A polícia acredita que outros 20 corpos possam estar enterrados no mesmo local.
A área utilizada como cemitério é conhecida como ``chiqueiro". É um matagal que fica a cerca de 800 metros da favela.
O cemitério foi descoberto a partir de informações recebidas pela P-2 (serviço de inteligência) do 27º BPM (Batalhão da Polícia Militar), em Santa Cruz.
A P-2 estava investigando para encontrar o local exato.
O primeiro corpo foi localizado de manhã pelos policiais. Eles desconfiaram de um local onde a terra estava revolvida, dando sinal de ter sido mexida recentemente.
Bombeiros e peritos da Polícia Civil foram acionados. Os peritos calculam que os dois corpos localizados tenham sido enterrados há cerca de 15 dias. Um deles estava amarrado.
Os corpos e as ossadas estavam enterrados a menos de um metro de profundidade, próximos um do outro. Uma placa de concreto havia sido colocada sobre a cova de um dos corpos.
O tráfico de drogas na favela do Aço era comandado por Rubens Ricardo da Silva, o ``Rubinho Branco", preso no mês passado em Pernambuco.
Segundo a polícia, existem 20 mandados de prisão expedidos contra Rubinho, por tráfico e homicídio.
25 policiais militares permaneceram no local durante as escavações. Segundo a polícia, a favela do Aço é uma das áreas mais violentas da zona oeste.
As buscas foram encerradas ontem à tarde, mas o terreno deverá ser escavado novamente.

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