São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Elie 'vinga' o 'vira-lata'

MELCHIADES FILHO
DO ENVIADO A HOUSTON

Mario Elie rodou o planeta antes de chegar a Houston -jogou até na Venezuela.
Normalmente desprezado pelos adversários, o ala-armador, 31, surpreende nestas finais da NBA, com médias de 14,3 pontos e 4,7 rebotes por jogo.
(MchF)

Folha - Até maio você era reserva. Agora, virou, talvez, o grande trunfo tático do Houston.
Mario Elie - É assim na NBA. Se você insistir, a chance aparece.
Devo esta oportunidade ao técnico (Rudy Tomjanovich), que optou por uma escalação menos musculosa, mas mais veloz em quadra.
Abrimos mão de alguns rebotes, mas compensamos com raça e agilidade na transição defesa-ataque. Eu acabo me destacando porque gosto de `brigar' em quadra.
Folha - Como você definiria seu papel no time?
Elie - Sempre fui coadjuvante nas equipe em que joguei (quatro só na NBA).
Folha - Mas seus números praticamente dobraram na fase final...
Elie - San Antonio, Phoenix (adversários do Houston antes das finais) e Orlando escolheram reforçar a marcação sobre (Hakeem) Olajuwon e (Clyde) Drexler...
Folha - E sobrou espaço para você.
Elie - Acharam que eu não iria machucá-los no ataque. Me deixaram livre.
Ok, era natural que agissem dessa forma. Não me incomoda a fama de ``vira-lata". Até gosto do apelido. Mas eles exageraram. Agora, estão pagando caro.

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