São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995
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Mercado duvida de que balança comercial reaja

DA REDAÇÃO

As restrições impostas à importação de carros ainda não asseguram a volta de superávits na balança comercial (exportações e importações), segundo avaliação do mercado financeiro.
As medidas adotadas pelo governo devem reduzir as importações em torno de US$ 300 milhões por mês. O déficit comercial (importações maiores que exportações) de maio, o sétimo consecutivo, foi de US$ 690 milhões.
Há ainda, contra o governo, uma sazonalidade. Normalmente, nos últimos quatro meses do ano, por conta do Natal, as exportações tendem a cair, enquanto as importações voltam a crescer.
Exatamente por isso permanece no mercado financeiro a impressão de que, cedo ou tarde, o governo terá de adotar novas medidas.
Ou continuar na mesma linha das adotadas para o setor automobilístico -protegendo novos setores (os que mais tem pressionado a balança e/ou os mais sensíveis à concorrência dos importados)- ou, no limite, mexer na taxa de câmbio.
Já absorvida a idéia de que é inevitável a perda de reservas externas em moeda forte neste ano, o importante para o mercado não será o déficit acumulado, mas a tendência para o comportamento futuro das exportações e importações.

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