São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995
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Juristas denunciam situação

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ASSUNÇÃO

Os 230 brasileiros presos no Paraguai vivem condições subumanas, sem assistência jurídica, financeira ou médica. A denúncia é da Câmara Alta Latino-Americana de Juristas e Expertos em Ciências Penitenciárias.
Segundo o secretário-geral da entidade não-governamental, Cândido Furtado Maia Neto, promotor de Justiça em Foz do Iguaçu (656 km a oeste de Curitiba), a situação dos presos brasileiros é agravada pelo ``descaso do Ministério das Relações Exteriores".
Maia Neto disse que os consulados brasileiros em Assunção e Ciudad del Este recebem, cada um, US$ 800 por mês para despesas com advogados. ``O que é uma migalha", afirmou ele.
Segundo o promotor e o consulado brasileiro em Assunção, a maioria dos 230 brasileiros presos no Paraguai nunca foi ouvida pela Justiça do país. O cônsul-geral do Brasil em Assunção, Luiz Brun de Almeida e Souza, confirma as acusações de Maia Neto.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, vai ao Congresso Nacional na próxima terça-feira para expor a situação dos brasileiros presos no Paraguai. Ele vai apresentar à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados um relatório feito com os presos no Paraguai. (JM)

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